Estratégias de industrialização offsite e um programa de metodologia de produtividade foram apresentados na última quinta-feira (14), na primeira edição do COMPARTILHA COMAT. O encontro, organizado pela Comissão de Materiais, Tecnologia, Qualidade e Produtividade (COMAT) da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), reuniu representantes de entidades associadas e empresas parceiras para mostrar iniciativas e debater soluções que impulsionem a modernização do setor da construção.
“Esse é um trabalho levantado por vários representantes da COMAT em uma reunião no início do ano, sobre a importância de trocar ideias e falar dos projetos que cada entidade associada realiza. Assim, podemos nos ajudar e gerar sinergia”, afirmou Dionyzio Klavdianos, vice-presidente de Inovação da CBIC e presidente da COMAT, sobre a apresentação dos dois projetos.
O objetivo do encontro é compartilhar conhecimento entre associados. Uma entidade associada que esteja iniciando um projeto pode contar com a experiência de outra que já esteja em fase avançada. As entidades que já têm iniciativas desenvolvidas passam a apresentá-las para outros membros, criando um ambiente colaborativo.
Na primeira edição, foi apresentado o projeto Offsite Park do Ceará, desenvolvido pela Coopercon-CE em parceria com o Instituto de Tecnologias de Industrialização das Edificações (ITIE). Estruturado para ser executado em fases, o projeto busca introduzir no estado uma forma estratégica de industrialização. “Vamos começar com kits hidrossanitários e elétricos, mas a tendência é avançar até chegar a uma construção quase totalmente feita fora do canteiro de obras. A razão desse projeto é reduzir custos, aumentar a produtividade e enfrentar a falta de mão de obra, que é gritante”, destacou Emanoel Capistriano, presidente da Coopercon-CE.
Também foi apresentado o Programa + Produtividade: Construção no Ceará, que realiza um diagnóstico aprofundado da produtividade nos principais serviços da construção civil, com entrega de metodologia simplificada de medição e relatórios especializados.
“Nós temos uma situação preocupante: há cinco anos, um curso de engenharia aqui tinha 2.500 alunos; hoje, são apenas 400. Vamos ter outro apagão técnico se não criarmos condições melhores para nossos engenheiros, com mais gestão e processos mais industrializados. Este trabalho busca medir produtividade para que possamos avaliar novos métodos e sistemas, aplicando-os nos nossos canteiros”, afirmou Jorge Dantas, presidente da Inovacon, que apresentou o programa.
O tema tem interface com o projeto “Construção 2030”, da Comissão de Materiais, Tecnologia, Qualidade e Produtividade (COMAT) da CBIC, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI).
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