Estudo mostra ascensão da Zona Leste no segmento econômico, liderança da Zona Sul no médio padrão e consolidação da Zona Oeste no alto padrão.
A segunda edição do Índice de Demanda Imobiliária da cidade de São Paulo revela um cenário de forte dinamismo e diversidade na capital paulista. No 2º trimestre de 2025, três zonas diferentes se destacaram como líderes em atratividade imobiliária por faixa de renda: Zona Leste no padrão econômico (renda familiar de até R$ 12 mil), Zona Sul no médio (de R$ 12 mil a R$ 24 mil) e Zona Oeste no alto padrão (acima de R$ 24 mil).
O IDI São Paulo é um estudo que avalia o potencial de investimentos em imóveis residenciais verticais em cinco zonas da capital — Norte, Sul, Leste, Oeste e Centro. A iniciativa é do Ecossistema Sienge, CV CRM e Grupo Prospecta, em parceria com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).
Com abrangência em todos os distritos da capital paulista e utilizando dados de transações reais — anonimizados e não autodeclarados —, o IDI São Paulo oferece uma ferramenta estratégica e inovadora para investidores privados e gestores públicos. O indicador fornece informações essenciais para decisões mais assertivas no mercado habitacional, contribuindo para uma gestão mais eficiente de custos, prazos, recursos e produtividade em projetos de construção civil. Os detalhes do ranking podem ser acessados pela plataforma exclusiva do IDI no site Painel IDI Brasil.
Padrão econômico | Renda familiar R$ 2 mil a R$ 12 mil
A Zona Leste confirmou sua força no segmento econômico no 2º trimestre de 2025, mantendo a liderança do ranking. O desempenho da região foi sustentado pelo crescimento na demanda direta e pela alta atratividade de novos lançamentos, destacando-se em força comercial.
A Zona Sul, após um longo período de liderança nesse perfil, caiu para a 2ª posição, impactada por uma leve queda nos indicadores de demanda direta e dinâmica econômica. Apesar disso, a região segue como um dos mercados mais sólidos da cidade, amparada por infraestrutura consolidada e amplo estoque de oportunidades.
A Zona Oeste manteve-se estável na 3ª posição. O Centro, por sua vez, subiu da 5ª para a 4ª colocação, impulsionado pelo aumento na atratividade de lançamentos.
As três primeiras colocadas a no ranking econômico são:
Leste – 0,796
Sul – 0,763
Oeste – 0,703
Médio padrão | Renda familiar de R$ 12 mil a R$ 24 mil
A Zona Sul assumiu a liderança no ranking do médio padrão no 2º trimestre de 2025, impulsionada por ganhos expressivos na demanda direta e na atratividade de novos lançamentos.
A Zona Leste avançou da 3ª para a 2ª posição, beneficiada pelo aumento consistente na demanda direta, sinalizando maior interesse do público por empreendimentos na região.
A Zona Oeste, que liderava no trimestre anterior, caiu para a 3ª colocação, em razão da queda na atratividade de lançamentos e na demanda direta, apesar de manter bom desempenho em dinâmica econômica.
As 3 primeiras colocadas no ranking de médio padrão são:
Sul – 0,652
Leste – 0,648
Oeste – 0,646
Alto padrão | renda familiar superior a R$ 24 mil
A Zona Oeste manteve a liderança no segmento de alto padrão, sustentada por altos indicadores de dinâmica econômica, demanda direta e atratividade de novos lançamentos.
A Zona Norte segue em trajetória de crescimento, subindo da 4ª para a 3ª posição, impulsionada por avanços nos indicadores de demanda direta e atratividade de lançamentos. Enquanto a Zona Sul permaneceu na 2ª colocação, com desempenho consistente e base sólida em infraestrutura e demanda qualificada.
A Zona Leste caiu da 3ª para a 4ª posição, pressionada por quedas na dinâmica econômica e na atratividade de vendas, apesar de apresentar sinais positivos de recuperação na procura ativa.
As 3 primeiras colocadas no ranking alto padrão são:
Oeste – 0,766
Sul – 0,675
Norte – 0,590
Um retrato fiel da demanda imobiliária paulistana
A segunda edição do IDI São Paulo reforça seu papel como bússola estratégica para o mercado imobiliário, ao revelar que a demanda por imóveis na capital está altamente segmentada por padrão de renda.
Para Gabriela Torres, Gerente de Inteligência Estratégica do Ecossistema Sienge, “o IDI São Paulo traduz a diversidade da cidade. Cada padrão de renda tem uma zona líder, revelando oportunidades distintas e ajudando investidores e gestores a alinharem suas estratégias com a realidade local.”
“São Paulo é um dos mercados mais complexos e decisivos do país. Ter um índice exclusivo, que já se aprimora a cada edição, é essencial para identificar com precisão onde estão as oportunidades reais de investimento”, afirma Renato Correia, Presidente da CBIC.
Entenda a metodologia usada
O modelo matemático avalia a atratividade de cidades brasileiras para novos projetos imobiliários, utilizando seis indicadores principais, que abrangem aspectos essenciais do mercado. Cada indicador é ponderado por especialistas para refletir sua relevância, garantindo um resultado confiável e útil para decisões estratégicas.
Indicador de Demanda: Mede o número de potenciais compradores, refletindo o tamanho do mercado consumidor e o potencial de consumo na cidade. (Fonte: IBGE)
Indicador de Dinâmica Econômica: Avalia a capacidade do município de gerar ciclos de demanda e fortalecer a economia local por meio de fatores como emprego e renda, que influenciam a capacidade de compra e a sustentabilidade do mercado. (Baseado em dados do IBGE, CAGED e Receita Federal)
Indicador de Ofertas de Terceiros: Avalia a concorrência e a saturação do mercado, indicando a disponibilidade de imóveis oferecidos por outros agentes e a viabilidade de novos empreendimentos. (Fonte: Portais de venda na internet)
Indicador de Demanda Direta CV CRM: Usa dados de leads para medir a procura ativa por imóveis específicos, apontando áreas de interesse imediato e direcionando estratégias de marketing e vendas. (Fonte: CV CRM)
Indicador de Atratividade para Antigos Lançamentos CV CRM: Verifica o desempenho de lançamentos com mais de 12 meses, oferecendo insights sobre a aceitação e estabilidade do mercado na cidade. (Fonte: CV CRM)
Indicador de Atratividade para Novos Lançamentos CV CRM: Examina o potencial de empreendimentos lançados nos últimos 12 meses, destacando tendências e novas oportunidades de negócios. (Fonte: CV CRM)
O resultado do modelo é uma lista de cidades com maior atratividade, apresentadas em forma de ranking com base no cálculo do IDI. A escala de atratividade vai de 0,000 a 1,000, onde as cidades que obtiverem um score próximo de 1,000 são consideradas altamente atrativas. As cidades são classificadas em cinco categorias de atratividade: Muito Alta, Alta, Média, Baixa e Muito Baixa, de acordo com seu score no IDI.
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