Durante o workshop “O Futuro Da Minha Cidade – Workshop de Intercâmbio”, lideranças de diversas cidades do Brasil compartilharam experiências e propostas voltadas à governança urbana colaborativa e ao papel da sociedade na gestão das cidades. O evento, realizado no 19 de setembro, destacou mobilizações com vistas às eleições de 2024, reunindo representantes de Caxias do Sul-RS, São José do Rio Preto-SP, Belo Horizonte-MG, Distrito Federal, Manaus-AM, Uberlândia-MG e Frutal-MG.
Rogério Rodrigues, Diretor-Executivo do Mobi Caxias, destacou a importância do monitoramento contínuo e da tecnologia no planejamento urbano. Com uma experiência de mais de 10 anos, Rodrigues mencionou o uso de indicadores de gestão para áreas como saúde, segurança e desenvolvimento econômico, todos integrados em um sistema digital que facilita a coleta e análise de dados.
“De 2020 para cá, automatizamos informações para facilitar o compartilhamento, reunindo grupos de trabalho que colaboram para a manutenção desse sistema”, explicou. O projeto tem como horizonte o ano de 2040, e as ações são norteadas pela urgência de lidar com desafios climáticos e sociais. Ele enfatizou ainda o apoio da CBIC na mobilização da comunidade e setores privados para a construção desse planejamento.
Maria Inês Menegotto de Campos, presidente do Sinduscon-Caxias/RS, celebrou os avanços do projeto em Caxias do Sul, mencionando a formatação de um documento voltado às eleições. “Estou muito feliz. Estamos com o nosso livro das eleições já formatado”, afirmou. Ela ressaltou o pioneirismo do Sinduscon de Caxias do Sul, que trouxe o palestrante Silvio Barros, inspirando a cidade a adotar o modelo de governança colaborativa..
Osvaldo Nascimento, vice-presidente da Associação Comercial de São José do Rio Preto – Acirp, trouxe à tona a experiência de São José do Rio Preto, uma das cidades mais promissoras do Brasil, com sua população de mais de 500 mil habitantes. Ele mencionou o sucesso do lançamento do projeto “O Futuro da Minha Cidade” em maio de 2023 e o envolvimento de aproximadamente 200 participantes.
“Formamos uma comissão temporária para identificar desafios e organizar workshops onde a população opinou sobre prioridades”, disse. A comissão organizou 14 grupos de trabalho que entregaram uma agenda aos candidatos locais, contando com o apoio do poder executivo, mas mantendo a independência da sociedade civil na condução dos projetos.
Em Belo Horizonte, Teodomiro Camargos, do Codese-BH, ressaltou as dificuldades enfrentadas por uma cidade com mais de dois milhões de habitantes. Segundo ele, a cultura de isolamento entre entidades públicas e privadas tem sido um grande desafio. “Estamos trilhando um caminho de governança colaborativa, apresentando nossos planos aos candidatos com resultados surpreendentes”, declarou, mostrando otimismo com o avanço do diálogo entre os setores.
No Distrito Federal, Leonardo Oliveira de Ávila, presidente do Codese-DF, sublinhou a missão do conselho em construir uma cidade inclusiva e sustentável. Desde sua fundação, em 2017, o Codese-DF tem trabalhado em conjunto com o governo local para implementar metas estratégicas de desenvolvimento socioeconômico e qualidade de vida. “Nossa parceria com o poder público tem proporcionado resultados significativos, moldando um futuro melhor para todos”, disse Ávila.
Já em Manaus, Euler Guimarães, representante do Codese-AM, destacou a revisão dos pilares estratégicos da cidade e a missão de torná-la uma das dez melhores para se viver, investir e visitar no Brasil. Ele enfatizou o potencial turístico da Amazônia e mencionou a implementação de projetos como a Feira Polo Digital Manaus e a atuação da Câmara Técnica de Turismo na preservação do centro histórico.
Panayotes Tsatsakis, do Coden Uberlândia, falou sobre a importância do envolvimento do poder público nas iniciativas de longo prazo da cidade, cujo horizonte de planejamento chega ao ano de 2100. Ele apontou a necessidade de um relacionamento estreito com as autoridades municipais para garantir a execução das propostas elaboradas pela sociedade civil.
Por fim, José Luiz de Paula Neto, secretário-executivo do CODESF em Frutal-MG, compartilhou o processo inicial de criação do conselho local, que surgiu a partir da associação comercial da cidade.
“Estamos dando os primeiros passos, mas já nascemos com uma missão clara: contribuir com o desenvolvimento sustentável de Frutal, buscando o equilíbrio entre meio ambiente, economia e inovação”, afirmou. Ele destacou a formação da associação como um marco para o movimento, que já trabalha para obter o status de Organização da Sociedade Civil (OSC).
O tema tem interface com o projeto “Responsabilidade Social na Indústria da Construção”, objetivo 2.5 –“O Futuro da Minha Cidade”, da Comissão de Meio Ambiente e Sustentabilidade (CMA) da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), em parceria com o Serviço Social da Indústria (Sesi).
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