Quais são os desafios e as tendências do financiamento da habitação no Brasil e no mundo? Estratégico em um país que carrega déficit habitacional de 7 milhões de unidades, esse tema será discutido em plenária do Encontro Internacional da Indústria da Construção (ENIC). Organizado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), o maior evento técnico do setor alcança sua centésima edição e acontece de 08 a 11 de abril no pavilhão 8 da Expo São Paulo, em conjunto com a FEICON.
A entrada é gratuita e as inscrições estão abertas. Participe!
Os rumos do financiamento da habitação no Brasil estão no centro do debate, especialmente em função da liberação de recursos extraordinários do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), funding essencial para o investimento em habitação e infraestrutura, cuja sustentabilidade pode ser comprometida com a pulverização de recursos para outras finalidades. Além disso, a pauta do financiamento envolve o desempenho do SPPE, fonte ancorada em recursos da caderneta de poupança.
Em 2024, o Brasil bateu recorde de recursos e financiou 605 mil unidades habitacionais, tendência que deve ser mantida em 2025. “Acreditamos que o nível de contratação deva ficar no mesmo patamar, estabilizado. Porém, infelizmente, nós temos riscos também neste cenário”, explica Clausens Duarte, vice-presidente de Habitação de Interesse Social da CBIC.
Dentre os impactos, novas liberações do FGTS podem impactar o orçamento destinado a investimentos em habitação, saneamento e infraestrutura, já a partir do ano que vem. “Dependendo do que possa vir a ser aprovado, isso pode certamente ter impacto no orçamento do ano que vem, e a depender dos rumos que MP, a ser proposta pelo governo, possa tomar no Congresso Nacional, talvez até uma redução no orçamento deste ano. Então, o setor fica muito apreensivo quanto a isso, por conta dessa insegurança”, aponta Clausens.
Outro fator importante é o aumento continuado da taxa Selic e como isso pode influenciar o SPPE. Quanto mais alta a taxa de juros, menos atrativa fica a rentabilidade da poupança. Em consequência, a disponibilidade de recursos diminui, e assim, reduz também as contratações do setor.
Abordagem internacional – “A curva de juros de longo prazo ainda está tensionada em um patamar até mais elevado do que o de hoje, ou seja, está precificada a 15%. Então, é justamente essa curva que os bancos utilizam para precificar as suas taxas de financiamento. Hoje, essa Selic elevada, esse encarecimento do crédito, ainda não causou todo o impacto esperado, mas as previsões econômicas demonstram que vai acontecer”, adianta o vice-presidente da CHIS. Segundo ele, o ENIC 100 será uma oportunidade estratégica de discutir o tema com tomadores de decisão e especialistas, de forma a antecipar tendências e soluções.
O ENIC 100 é uma evolução do ENIC, mais tradicional e longevo evento do calendário anual do setor: nessa edição, uma das novidades é a trilha de conteúdo internacional, trazendo especialistas e players da construção e indústria imobiliária de diversas partes do mundo. A programação terá outras três trilhas: sustentabilidade, inovação e tecnologia – juntos, tais vetores moldam o futuro da construção. O participante terá acesso a mais de 200 horas de conteúdo, oferecidas em mais de 50 painéis e experiências inovadoras.
Conheça a programação do ENIC 100
O Encontro Internacional da Indústria da Construção (ENIC) é uma realização da CBIC, em parceria com a RX | FEICON e correalização com SESI e SENAI. O evento conta com o patrocínio da Sant-Gobain, no Hub de Sustentabilidade; do Sebrae Nacional, no Hub de Inovação, e da Mútua, no Hub de Tecnologia. Além disso, conta ainda com os patrocinadores Itacer; Senior; Brain; Esaf; One; Agilean; Exxata; Konstroi; Mais Controle; Penetron; Seu Manual; Totvs; Zigurat.
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