Os desafios e o atual cenário do financiamento habitacional no Brasil foi o centro do debate da rodada de Negócios da Habitação, da Comissão de Habitação de Interesse Social (CHIS) da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). O encontro aconteceu nesta terça-feira (12) na sede da CBIC em Brasília e contou com a participação de representantes do Ministério das Cidades e da Caixa Econômica Federal.
Na parte da manhã, membros da comissão discutiram dados do Fundo de Garantia (FGTS) apresentado pelo consultor da CBIC, Luiz Fernando Mendes, que mostrou uma leve queda de contratação no último ano e mostrou a evolução das contratações com recursos do Fundo de Arrendamento Residencial (FAR) em 2025.
Para Clausens Duarte, vice-presidente de Habitação de Interesse Social da CBIC, o mercado passa hoje por um dos melhores momentos quando o assunto é financiamento por conta do trabalho feito em conjunto com o setor produtivo, o governo e a Caixa Econômica, mas ainda há desafios. “Temos um bom caminho a percorrer, agora que o avião decolou, mas temos que tirar algumas nuvens para que isso perdure mais tempo”, apontou.
O Brasil está em um momento recorde de funding para programas de interesse social de 180 bilhões de reais, neste ano, um número histórico, segundo Duarte comentou durante a reunião. Na parte da tarde, foi feito um debate com representantes do governo e da Caixa.
O secretário nacional de Habitação do Ministério das Cidades, Augusto Rabelo, destacou as novas iniciativas do governo. “Teremos, em breve, o lançamento de um programa na linha do microcrédito para reforma habitacional, com recursos destinados especificamente para isso. O Minha Casa, Minha Vida vem com uma entrega forte neste ano, incluindo a nova modalidade para a classe média”, disse.
Os membros da Comissão tiveram a oportunidade de debater e tirar dúvidas com os convidados. A consultora da CBIC, Henriqueta Arantes, questionou o monitoramento, por exemplo, o gasto do FGTS com o CCI que já tinha extrapolado o orçamento, com 26 milhões dos 31 milhões previstos até o fim do ano. O governo respondeu que o caso está em monitoramento e será feito um possível remanejamento.
“Essa é uma oportunidade de diálogo, de discutir essas questões num contexto promissor”, afirmou Ana Paula Peixoto, diretora do Departamento de Provisão Habitacional do Ministério das Cidades. Os participantes destacaram o evento presencial e a oportunidade de debater temas importantes com representantes do governo.
Representantes da Caixa demonstraram como funcionam os processos de funding do FGTS e do FAR na prática e tiraram dúvidas dos participantes. “Como falamos de construção civil, temos o foco grande em duas coisas: tanto na aplicação de tecnologia quanto no desenvolvimento de processos para garantir os melhores prazos e o melhor atendimento. E pegamos muitas sugestões que são trazidas nessas reuniões”, destacou Alexandre Cordeiro, Superintendente Nacional da Caixa Econômica Federal.
A reunião também foi uma oportunidade da entrega de um ofício da CBIC feito pela CHIS e pela Comissão de Materiais, Tecnologia, Qualidade e Produtividade (COMAT) para o governo sobre o PBPQ-H, Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat. É uma iniciativa do Governo Federal que visa melhorar a qualidade e a produtividade na construção civil. O documento foi entregue pelo vice-presidente de Inovação da CBIC e presidente da COMAT, Dionyzio Klavdianos.
O tema tem interface com o projeto “Segurança Habitacional como Garantia Básica para a Qualidade de Vida e Integridade Física do Trabalhador”, da Comissão de Habitação de Interesse Social (CHIS) da CBIC, em correalização com o Serviço Social da Indústria (Sesi).
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