O vice-presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) para a Região Sul, Marcos Mauro, participou da reunião da Coalizão da Indústria com o governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior, realizada nesta quarta-feira (23). O encontro, que contou com a presença de representantes de diversos setores produtivos e de autoridades estaduais, foi uma oportunidade de apresentar as principais demandas da indústria e reforçar a importância de um diálogo constante entre setor produtivo e poder público.
Estiveram presentes pelo governo do Paraná o próprio governador Ratinho Junior, o vice-governador Darci Piana, o secretário estadual da Fazenda, Renê Garcia Junior, além dos presidentes da Invest Paraná, da Fomento Paraná e da Cidade Industrial de Curitiba.
Durante a reunião, cada setor representado na Coalizão da Indústria teve a oportunidade de apresentar temas estratégicos para o desenvolvimento de suas atividades. Pela CBIC, Marcos Mauro destacou três pontos que impactam diretamente o ambiente de negócios da construção civil: os altos juros, a insegurança jurídica e a instabilidade política.
“A ausência de um cenário de previsibilidade dificulta o planejamento de longo prazo por parte dos empresários do setor. Propusemos a adoção de um plano de Estado com metas gradativas que possam garantir o desenvolvimento econômico e social de forma sustentável”, afirmou o vice-presidente da CBIC.
O governador Ratinho Junior compartilhou com os presentes o modelo de gestão adotado no Paraná, que posicionou o estado como o quarto maior PIB do país. Ele ressaltou que, até o fim de seu mandato, a expectativa é que o PIB paranaense dobre, resultado da diversificação econômica e de políticas públicas estruturadas.
Ao final da exposição do governador, os participantes puderam fazer perguntas sobre temas estratégicos, como as perspectivas do custo de capital para a indústria, a burocracia enfrentada por empresas nacionais, possíveis retrocessos na legislação trabalhista e a importância de garantir o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) como fonte de financiamento para habitação e saneamento.
Ratinho Junior reafirmou o papel da construção civil na geração de empregos e no desenvolvimento econômico. Ele citou, como exemplo, o programa estadual de habitação popular que, ao custear a entrada de famílias de baixa renda, gerou retorno positivo de quase R$ 600 milhões aos cofres públicos.
O governador também se comprometeu com a continuidade da agenda de austeridade fiscal, com foco no controle de gastos e no enxugamento da máquina pública como instrumentos para influenciar positivamente taxas de juros e câmbio.
Sobre as emendas parlamentares, destacou que não vê espaço político para mudanças a curto prazo, mas defendeu que elas sejam direcionadas para ações vinculadas a um plano de Estado, com metas definidas pelo Executivo. Quanto à legislação trabalhista, descartou retrocessos, mas defendeu a modernização das normas diante das transformações nas relações de trabalho.
Por fim, o governador abriu espaço para que as entidades que integram a Coalizão da Indústria encaminhem sugestões para os planos de governo dos partidos políticos, com foco nas eleições de 2026.
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