A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) realizou, nesta quarta-feira (12), a primeira reunião do ano de seu Conselho de Administração, na sede da entidade, em Brasília. O encontro marcou o início das atividades estratégicas para 2025 e contou com discussões sobre o calendário institucional, a economia nacional e as tendências do mercado imobiliário.
O presidente da CBIC, Renato Correia, conduziu a abertura da reunião com a apresentação dos informes da presidência. Em seguida, foi apresentado o Calendário Institucional 2025, que traz os principais eventos e iniciativas do setor ao longo do ano.
ENIC 100: Edição histórica do evento mais importante da construção civil
Um dos destaques do encontro foi a preparação para a 100ª edição do Encontro Internacional da Indústria da Construção (ENIC 100), abordada por Danielle Guimarães, gerente de projetos da CBIC, e Lídia Sampaio, gerente de parcerias e eventos da CBIC. A edição promete ser um marco para o setor, trazendo temas essenciais para o futuro da construção civil.
Mercado secundário imobiliário: Análise da OLX
Outro tema de grande relevância foi a análise do mercado secundário de imóveis, apresentada por Marcelo Dadian, vice-presidente de Incorporadoras e Novos Negócios da OLX. Com base no estudo Panorama Imobiliário do Mercado Secundário, Dadian destacou tendências no comportamento de oferta e demanda, além da valorização dos imóveis no Brasil.
Segundo a pesquisa, a demanda por imóveis residenciais verticais teve uma leve queda em dezembro de 2024 em comparação a novembro (-15%), mas apresentou crescimento de 10% em relação ao mesmo período do ano anterior. A expectativa é que o primeiro trimestre de 2025 registre aumento na busca por imóveis, seguindo a sazonalidade observada nos últimos anos.
Em relação à oferta de imóveis, o estudo apontou estabilidade no volume de anúncios, com crescimento mais expressivo nas regiões Centro-Oeste e Nordeste. Já os preços de imóveis residenciais verticais subiram 8% no último ano, com destaque para a região Sul, que registrou a maior valorização.
Outro ponto relevante da apresentação foi a métrica LEPO (leads por oferta), que mensura a relação entre a geração de interesse e a quantidade de anúncios disponíveis. O índice apresentou crescimento de 6% no Brasil entre dezembro de 2023 e dezembro de 2024, impulsionado principalmente pelo Sudeste (+13%), enquanto outras regiões registraram leve retração.
Além disso, a pesquisa revelou que a busca por imóveis segue padrões sazonais, com aumento da demanda no início do ano, tendência observada nos primeiros trimestres de 2023 e 2024 e esperada para 2025. O estudo também indica que a procura por imóveis tende a cair no fim do ano, antes de uma nova retomada.
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