A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) anuncia na noite desta terça-feira (2) os vencedores da 17ª edição do Prêmio CBIC de Responsabilidade Social – Troféu Paulo Safady Simão. Criada há duas décadas, a premiação reconhece projetos que ampliam o impacto social da indústria da construção, do mercado imobiliário e das empresas da cadeia produtiva.
Para Ana Cláudia Gomes Martins, vice-presidente de Responsabilidade Social da CBIC, o prêmio ajudou a consolidar uma cultura de cuidado dentro do setor. “Depois de mais de 15 edições, a premiação se firmou como um dos principais impulsionadores de boas práticas. Fortaleceu a atenção ao trabalhador, às comunidades do entorno e ao desenvolvimento sustentável”, afirma.
O reconhecimento público de projetos que promovem saúde, segurança, educação e qualidade de vida tem efeito multiplicador. “Hoje, já é possível observar que muitas ações que antes eram pontuais passaram a ser estruturadas, contínuas e alinhadas a uma visão mais humana e responsável da atividade construtiva. Esse é, sem dúvida, um dos maiores legados da premiação”, complementa Ana.
O presidente da CBIC, Renato Correia, destaca que a disseminação de boas práticas melhora competitividade e reputação. “O desenvolvimento da construção vai além da obra. Cuidar das pessoas gera resultados reais, seja em produtividade, seja no fortalecimento das relações com a sociedade. Valorizar quem faz diferente é estimular que o setor avance de maneira mais humana e inclusiva.”
Categorias ampliadas e foco na qualificação
Realizado pela Comissão de Responsabilidade Social (CRS) da CBIC em correalização com o SESI Nacional, o prêmio passou por várias transformações ao longo dos anos. A primeira edição, em 2005, tinha apenas duas categorias. Neste ano, são quatro: Empresa, Entidade, Cadeia Produtiva e Qualificação Profissional.
Gestora na CRS, Daniella Maranhão explica que as mudanças são reflexos das transformações observadas na construção e na sociedade. “Neste ano temos uma categoria nova, a de Qualificação Profissional. É um reconhecimento de empresas que aperfeiçoam a nossa força de trabalho, com o objetivo de manter profissionais e atrair novos. Isso é importante porque a falta de trabalhadores é um dos desafios que o setor enfrenta.”
Os vencedores das categorias Empresa, Entidade e Cadeia Produtiva receberão R$ 25 mil, recursos obrigatoriamente destinados à ampliação das práticas premiadas. Com a edição deste ano, o total investido em iniciativas sociais desde a criação do prêmio chegará a R$ 500 mil.
O público teve papel especial na seleção dos finalistas desta edição. As empresas e entidades ganhadoras da votação popular garantiram automaticamente a terceira colocação em sua categoria de inscrição.
O tema tem interface com o projeto “ESG no Setor da Construção”, da Comissão de Responsabilidade Social (CRS/CBIC), com a correalização do Serviço Social da Indústria (Sesi Nacional).
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