CBIC e OCDE debatem desafios e oportunidades para infraestrutura no Brasil

A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) recebeu, nesta terça-feira (18) uma delegação da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) para um encontro na sede da entidade, em Brasília. A reunião contou com a presença de representantes da Divisão de Infraestrutura e Compras Públicas da OCDE e teve como foco a troca de experiências sobre modelos de infraestrutura, desafios do setor e tendências para parcerias público-privadas (PPPs).

Entre os participantes estavam Dejan Makovsek, PhD e líder da estratégia de compras na Diretoria de Governança Pública da OCDE; Anna Bilous, também da Diretoria de Governança Pública; Rafael Herz, vice-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento da Colômbia, que orienta os trabalhos do grupo da OCDE; e Márcio Carvalho, Coordenador Estratégico da Secretaria-Geral do Fórum Internacional de Transporte. Da CBIC, estiveram presentes o vice-presidente financeiro, Eduardo Aroeira; gestora de projetos, Danielle Guimarães; o vice-presidente do Sinduscon-DF e também membro da Comissão de Infraestrutura da CBIC, Ruyter Thuin; e o vice-presidente da Associação Brasiliense de Construtores (ASBRACO) e também membro da COINFRA, Luiz Afonso Saad. 

Durante o encontro, a delegação apresentou como a infraestrutura é trabalhada na organização, abordando novas plataformas de colaboração entre os setores público e privado e compartilhando informações sobre o estado atual das economias mais avançadas em termos de PPPs e modelos de entrega de projetos.

A reunião também trouxe reflexões sobre os desafios comuns enfrentados pelo setor de infraestrutura em diferentes regiões do mundo. Os representantes da OCDE destacaram que, embora o Brasil tenha desafios específicos, há questões estruturais semelhantes na Europa, como a necessidade em trabalhar para o compartilhamento de riscos em projetos de infraestrutura e aprimorar os modelos de financiamento e gestão de contratos. Além disso, discutiu-se como a inteligência artificial pode contribuir para avançar na resolução desses desafios, promovendo mais eficiência e transparência nos processos.

Por parte da CBIC, foram apresentados os principais modelos de negócios de infraestrutura no Brasil e os maiores desafios enfrentados pelo setor, especialmente nas áreas de transporte, energia e saneamento básico. A entidade também expôs a sua visão sobre as tendências do setor e as dificuldades relacionadas à segurança jurídica, ao financiamento de longo prazo e  à burocracia nos processos licitatórios. Outro ponto debatido foi o impacto do custo do seguro no valor total da obra, um fator relevante para a previsibilidade financeira e a segurança dos projetos.

O encontro reforçou a importância do diálogo entre entidades do setor e organizações internacionais para a busca de soluções inovadoras e sustentáveis na infraestrutura. A troca de experiências com a OCDE permitiu identificar boas práticas e oportunidades para aprimorar o ambiente de negócios no Brasil, contribuindo para o desenvolvimento do setor e o fortalecimento das parcerias público-privadas no país.

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