O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), Renato Correia, participou de uma reunião com da Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmica para Revestimentos para Louças Sanitárias e Congêneres (Anfacer), Mauricio Borges; e do Sindicato da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP), Yorki Estefan; e com o vice-presidente de Meio Ambiente do SindusCon-SP, Francisco Vasconcellos, na segunda-feira (16), na capital paulista, para discutir o fortalecimento de ações de descarbonização no setor, entre outros pontos ligados à proteção do meio ambiente e às mudanças climáticas.
O principal tema foi a definição de estratégias para melhor divulgação entre as empresas sobre a Calculadora de Consumo Energético e Emissões de Carbono na Construção Civil – CECarbon, ferramenta desenvolvida pelo SindusCon-SP em parceria com a Secretaria Nacional de Habitação do Ministério das Cidades e a Agência de Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável (GIZ).
Para Correia, a adoção das práticas ESG (ambientais, sociais e de governança) é um caminho sem volta. “O setor aposta na eficiência energética dos empreendimentos, incentiva construções verdes e o uso sustentável de materiais, de energia e de água, além da gestão de resíduos para garantir canteiros de obras mais limpos e eficientes”, explica.
O presidente da CBIC diz que o setor está voltado para a descarbonização e, por isso, tem buscado ferramentas de medição da emissão de gases de efeito estufa e que a CECarbon é um recurso que permite mensurar o impacto desses indicadores e a forma de reduzi-los.
“Investir em inovação, em tecnologia e em novos materiais é uma estratégia inteligente, sustentável e importante para agregar valor aos projetos, reduzir custos operacionais, garantir vantagens competitivas e proteger as pessoas e o planeta. Por isso essa discussão com o SindusCon-SP e com a Anfacer é importante para unirmos forças na difusão de iniciativas como essa que podem contribuir com nosso esforço para uma construção ainda mais sustentável”, frisou.
Corroborando com o entendimento, o presidente do SindusCon-SP, ressaltou que a CBIC e o SindusCon-SP devem assinar um termo de cooperação para difundir a CECarbon em todo Brasil e trabalhar na conscientização das médias e pequenas empresas para adotarem uma cultura de descarbonização. “Precisamos criar ao longo de 2025 alguns eventos para difundir a necessidade de redução da emissão de gases de efeito estufa”, afirmou Estefan. “A CECarbon é uma ferramenta na qual poderemos extrair dados a serem levados como importantes contribuições do setor para os debates que ocorrerão por ocasião da realização da COP 30 no Brasil”, acrescentou Vasconcellos.
Renato Correia ainda lembrou que a CBIC tem mobilizado suas áreas técnicas, em especial a Comissão de Meio Ambiente (CMA), para preparar o setor para que ele possa alinhar progresso econômico com a preservação ambiental, em um contexto de preparação para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), que será realizada no Brasil em 2025.
O tema tem interface com o projeto ‘Descarbonização do setor da Indústria da Construção e os Negócios e Soluções Inovadoras em Sustentabilidade’, da Comissão de Meio Ambiente e Sustentabilidade (CMA) da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).
O encontro também contou com o gerente de Relações Institucionais da entidade, Filemon Lima, e a coordenadora Jurídica, Rosilene Carvalho.
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