Cada vez mais presente nos grandes empreendimentos do país, a gestão compartilhada ganhou uma formação específica voltada para quem precisa aplicar o modelo de forma concreta no dia a dia dos projetos. Pensando nessa demanda crescente, a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) lançou o curso Gestão Compartilhada, que reúne métodos, experiências e ferramentas para orientar profissionais na adoção efetiva dessa abordagem colaborativa em obras industriais e corporativas.
Diferentemente de formações focadas apenas em conceitos, o curso desenvolvido pela Comissão de Obras Industriais e Corporativas (COIC) da CBIC se dedica a mostrar como a gestão compartilhada funciona na prática, desde a idealização de um empreendimento até sua entrada em operação. Dividido em 12 módulos e conduzido por 13 especialistas, o conteúdo mostra as etapas de implantação, as rotinas de integração entre empresas, os mecanismos de decisão conjunta e a cultura organizacional necessária para que o modelo se sustente no dia a dia.
Primeiro passo: alinhar visão, processos e responsabilidades
Entre os pontos centrais apresentados no curso está o alinhamento inicial entre contratantes e prestadores de serviços. A metodologia demonstra como construir uma visão única do projeto, com objetivos claros e liderança compartilhada, evitando interpretações divergentes que normalmente geram atrasos, retrabalhos e disputas contratuais.
O curso detalha como estruturar esse alinhamento: quais documentos utilizar, como organizar reuniões de integração e como distribuir responsabilidades sem sobrepor funções.
Decisões conjuntas como mecanismo de eficiência
Outro eixo importante da formação é o processo de tomada de decisão baseado em dados e análises técnicas. Os participantes aprendem a substituir decisões isoladas por mecanismos colaborativos, que reduzem a subjetividade e ampliam a qualidade técnica das soluções adotadas.
O material demonstra ferramentas de controle, exemplos práticos e casos em que o modelo colaborativo elevou a produtividade e diminuiu conflitos entre empresas parceiras.
Aplicação direta no canteiro: previsibilidade e controle
Na parte operacional, o curso aborda desde o planejamento e o monitoramento colaborativo, que ampliam a previsibilidade de prazos e custos, até a padronização de processos, essencial para reduzir desperdícios e retrabalhos. Também enfatiza a integração de equipes multidisciplinares por meio de rotinas de comunicação estruturadas, além da gestão de riscos compartilhada, que se baseia em diagnósticos conjuntos e respostas mais ágeis.
Formação também desenvolve competências de liderança
Além dos aspectos técnicos, a capacitação enfatiza o desenvolvimento de lideranças colaborativas, indispensáveis para coordenar múltiplos stakeholders, especialmente em ambientes de alta complexidade. Os participantes aprendem a conduzir equipes de forma integrada, estimulando o senso de pertencimento e a responsabilidade individual dentro de um propósito comum.
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