Nos últimos anos, o crescimento do número de veículos elétricos tem sido significativo no mercado brasileiro, assim como a inserção de pontos de recarga nas construções. Para tratar sobre as normas de segurança para esta inovação dos automóveis, a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) promoveu este debate nesta quinta-feira (13), em mais uma edição do “Quintas da CBIC”.
O painel teve a participação de Eduardo Aroreira, vice-presidente da CBIC, e Dionyzio Klavdianos, vice-presidente de Inovação e da Comissão de Materiais, Tecnologia, Qualidade e Produtividade da CBIC. Também estiveram presentes: Lauro Ladeia, diretor Técnico e de Inovação na Tegra Incorporadora e coordenador do Grupo de Sistemas Prediais do CTQ do SindusCon-SP; Tadeu Rezende, membro da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE); e o major Ronaldo Aparecido Ribeiro, coordenador da Comissão de Estudos Sobre Eletromobilidade e Acumuladores de Energia do Departamento de Segurança contra Incêndio do CBPMESP.
“O mercado de veículos elétricos e a instalação de pontos de recarga é um tema importantíssimo para o mercado imobiliário, para as normas de construção, mas principalmente para a segurança da população”, afirmou o vice-presidente Eduardo Aroreira, que conduziu o encontro. Os especialistas discutiram as normas técnicas, a implementação e as boas práticas para a adaptação desse novo mercado. “O carro elétrico é uma realidade imparável e a construção precisa estar atenta a isso”, complementou Dionyzio Klavdianos da CBIC.
A melhor forma de combater um incêndio de um carro elétrico é com água, de acordo com o major Ronaldo. “Fizemos uma série de imersões e treinamentos para aprender como combater este tipo de incêndio na China, EUA e na Europa. E fizemos testes a céu aberto com dois veículos de bateria elevada e tivemos um resultado muito bom com a volumetria da água, temos que aperfeiçoar, mas descobrimos que temos conhecimento e condições de enfrentar incêndios de veículos elétricos”, explicou o oficial.
Apesar dos veículos elétricos serem novidade, testes demonstraram que eles são mais seguros que os carros de combustível. As chances de um incêndio acontecer num carro normal é 60 vezes maior do que um carro elétrico. “A grande questão não é se o carro é elétrico ou não, mas a garagem, o distanciamento de vagas, e como podemos olhar para isso e mexer na estrutura para aumentar a segurança pensando em todos os carros e não só nos elétricos”, afirmou Tadeu Rezende.
Para o setor é necessário pensar no desafio das adequações e a aplicação dos pontos de recarga nas obras, de acordo com Lauro Ladeia. “Precisamos pensar no impacto e no custo que isso pode trazer para o nosso contexto que já é desafiador. Esse tema para a construção de garagens é bastante crítico, precisamos aumentar o espaço, o pé direito, adequar a ventilação e tudo isso mexe com os negócios”, aponta.
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