Expectativas da COIC/CBIC para 2025: investimentos, inovação e desafios no setor

Com o ano de 2025 em andamento, a indústria da construção civil e infraestrutura enfrenta desafios estratégicos enquanto busca impulsionar inovações no setor. Em entrevista ao CBIC Hoje, o vice-presidente da área de Obras Industriais e Corporativas (COIC) da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) destacou as principais expectativas da área e os caminhos que devem ser trilhados ao longo do ano.

Segundo ele, um dos pontos centrais para 2025 será o volume de investimentos no setor e a efetiva implementação de recursos em infraestrutura. “Para 2025, as principais expectativas dizem respeito ao montante dos investimentos no setor e na real implementação de investimentos em infraestrutura”, afirmou. A expectativa é que programas governamentais e incentivos privados sejam fundamentais para viabilizar esses investimentos, garantindo maior previsibilidade e segurança para os projetos em andamento e novas iniciativas.

Além disso, o setor se depara com desafios estruturais que demandam ações estratégicas. Entre os principais entraves estão a falta de mão de obra especializada, a insegurança jurídica e a morosidade na liberação para implantação de grandes projetos. “Existem alguns temas desafiadores. Os principais são a falta de mão de obra especializada, insegurança jurídica e morosidade para liberação de implantação de grandes projetos”, pontuou o vice-presidente da COIC.

A escassez de profissionais qualificados tem sido um problema recorrente na construção civil, impactando diretamente na produtividade e eficiência das obras. Programas de capacitação e parcerias com instituições de ensino técnico são algumas das medidas que podem ser adotadas para mitigar esse problema. Já a insegurança jurídica, decorrente de legislações complexas e mudanças frequentes nas normas do setor, pode ser enfrentada por meio de diálogos mais próximos com o poder público e de propostas de simplificação regulatória. A morosidade na liberação de grandes projetos, por sua vez, reforça a necessidade de aprimoramento dos processos burocráticos e maior agilidade nos licenciamentos ambientais e urbanísticos.

No campo das inovações e tendências para o próximo ano, o vice-presidente da COIC elencou quatro aspectos que ganham destaque na Comissão esse ano:
1. O avanço do uso da inteligência artificial (IA) na engenharia e construção – A aplicação de IA promete transformar a maneira como os projetos são desenvolvidos e executados, permitindo simulações mais precisas, automação de tarefas repetitivas e otimização de custos.
2. A preservação da qualidade da matriz energética, evitando retrocessos – A transição para fontes de energia mais limpas e sustentáveis continua sendo uma prioridade. Garantir que a matriz energética do país mantenha sua qualidade e confiabilidade é essencial para a continuidade dos projetos de infraestrutura.
3. A implementação de metodologias que reduzam o prazo de implantação dos projetos – Novas abordagens, como a construção modular e o uso de tecnologias de gestão de projetos, podem diminuir significativamente os prazos e melhorar a eficiência das obras.
4. O aprimoramento da produtividade por meio da mecanização dos processos, diminuindo a necessidade de mão de obra nos canteiros de obras – A adoção de equipamentos mais modernos e processos automatizados contribui para reduzir desperdícios e aumentar a qualidade das construções.

Esses fatores devem orientar a atuação da COIC/CBIC em 2025, visando um setor mais eficiente, seguro e alinhado às inovações tecnológicas. Com investimentos bem direcionados e superação dos desafios apontados, a expectativa é que o setor continue sendo um pilar essencial para o desenvolvimento econômico do país. Além disso, a colaboração entre setor público e privado será crucial para impulsionar avanços e garantir que o Brasil acompanhe as tendências globais em infraestrutura e construção civil.

 

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